Teste do Pezinho

Esse exame detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê

O exame laboratorial, chamado também de triagem neonatal, detecta precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. Falemos numa linguagem mais simples. Esse exame é popularmente conhecido como teste do pezinho, pois a coleta do sangue é feita a partir de um furinho no calcanhar do bebê. Atualmente, também é chamado de teste do calcanhar.

As mamães geralmente ficam com o coração na mão quando tem que levar seus bebês para o exame, pois estes normalmente choram. Mas por que a picadinha no calcanhar? O que as mães devem saber é que o calcanhar é uma região rica em vasos sanguíneos e a coleta do sangue é feita rapidamente com um único furinho. O furo é quase indolor, mas a dor ainda é uma sensação nova para o bebê e por isso choram.

Esse exame é realizado em grande parte nas maternidades quando o bebê completa 48 horas de vida.Antes disso, o teste pode sofrer influência do metabolismo da mãe. O exame também é feito em laboratórios.

O ideal é que o teste seja feito até o sétimo dia de vida. Basta apenas uma picada no calcanhar do bebê para retirar algumas gotinhas de sangue que serão colhidas num papel filtro e levadas para serem analisadas.

Pés do bebê recém-nascido - foto: hwongcc/ShutterStock.com

Prevenindo doenças graves – Para quem não sabe, o teste do pezinho é obrigatório por Lei em todo o Brasil e a simples atitude de se realizar o exame faz com que doenças causadoras de sequelas irreparáveis, no desenvolvimento mental e físico da criança, sejam detectadas e tratadas mesmo antes do aparecimento dos sintomas.

O diagnóstico precoce oferece condições de um tratamento iniciado nas primeiras semanas de vida do bebê, evitando a deficiência mental. A deficiência, uma vez presente no corpo, já não pode ser curada.

Existem diferentes tipos de exames do pezinho. O Sistema Único de Saúde (SUS) instituiu o Teste do pezinho, por meio doPrograma Nacional de Triagem Neonatal, e que cobre a identificação de doenças:

Versão nova do teste – Hoje já existe uma versão ampliada do teste do pezinho, em que é possível identificar mais de 30 doenças antes que seus sintomas se manifestem. Mas é ainda um recurso sofisticado e bastante caro, não disponível na rede pública de saúde.

Mesmo assim, a versão ampliada do teste do pezinho é subdividida. Geralmente, quanto maior o número de doenças detectadas, mais caro é o exame. Existem ainda exames complementares que também podem ser realizados com o sangue do papel filtro do teste do pezinho.

O exame do pezinho é essencial para o desenvolvimento da saúde do seu bebê. Não esqueça que o exame convencional é obrigatório e gratuito. Exija sempre seus direitos e faça com que sejam cumpridos.

Dicas

Não esqueça de buscar o resultado. Qualquer alteração no resultado, leve para o pediatra examinar.

Não se preocupe se tiver que repetir o exame. O teste do pezinho exige repetição para esclarecer o primeiro resultado, quando suspeito de normalidade ou quando o teste é realizado antes de 48 horas de vida.

Um resultado normal, mesmo no teste ampliado, não afasta a possibilidade de outras doenças neurológicas genéticas ou adquiridas. O teste não diagnostica, por exemplo, a Síndrome de Down.

Aliviando a dor:estudo realizado pela Universidade Federal de Goiástem mostrado que os bebês sentem menos dor e se recuperam melhor dela ao realizarem o Teste do Pezinho se estiverem na posição Canguru. Para que seja mais eficaz, o bebê deve ficar apenas de fralda e colocado em contato com o corpo da mãe e de preferência amamentando, pelo menos 3 minutos antes da picada. A posição deve ser mantida durante a picada do teste e mantida por mais 3 minutos após o fim do exame. Os bebês submetidos ao teste nessa posição parecem sofrer menos e param de chorar antes.

ATENÇÃO!
Apesar do nome “Teste do Pezinho” é possível que em alguns locais o sangue seja coletado do braço do bebê. Acredita-se que no braço a “picada” seja menos dolorosa.

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