Lendas e fatos na amamentação

Quando o assunto é a alimentação dos bebês muitas lendas rondam os pensamentos das mamães que estão em fase de amamentação.

Quando o assunto é a alimentação dos bebês muitas lendas rondam os pensamentos das mamães que estão em fase de amamentação. Vale a pena perder alguns minutinhos para se informar e tirar todas as dúvidas antes e durante a amamentação do seu filho.

Qualquer dúvida pode colocar em risco a amamentação efetiva do bebê. Bom, uma das dúvidas mais freqüentes das mamães é: existe leite materno fraco?

A resposta definitivamente é não. Só se a desnutrição da mamãe for extrema isso poderá ocorrer, mas é muito difícil. Toda mamãe produz o leite mais adequado para o seu filho, alimentando-o de forma satisfatória até os seis meses de idade exclusivamente, mesmo as mamães de peito pequeno.

A lenda do leite fraco pode ter sido criada pelo fato de o bebê poder sugar de forma incorreta o seio da mamãe, fazendo um grande esforço e não retira o leite suficiente, deixando-o ainda com fome. A sucção incorreta pode fazer com que desça menor quantidade de leite não sendo satisfatório para o bebê.

Outro motivo da menor descida do leite é a sucção incorreta do peito em consequência do uso de bico artificial como chupetas e mamadeiras que deixam a posição da língua diferente na hora da sucção do peito, fazendo com que a retirada do leite seja insuficiente.

E ainda tem um outro fator que pode passar desapercebido: o bebê deve mamar até o seio esvaziar bem, para então passar para o outro seio. Isso porque o leite do final possui uma importante gordura que auxilia no ganho de peso do bebê.

Pode ou não pode? – Há outros mitos sem embasamento científico, mas que estão tão enraizados na cultura popular e que podem mexer com a cabeça das mamães. O bebê pode, sim, arrotar no peito sem que a mamãe tenha medo de que o leite não desça mais. Se o bebê arrotar no peito, sem problemas, é normal.

Outro mito que dizem por aí é que não se pode jogar o excesso de leite materno ordenhado em água corrente porque assim o leite acaba, vai embora. Mentira. O leite ordenhado, caso feito de maneira correta e doado para um banco de leite, pode ajudar outros bebês hospitalizados que precisam de leite materno, mas caso seja jogado em água corrente nada acontecerá na produção do leite.

Canjica, cerveja preta, água inglesa e outros alimentos não aumentam a produção de leite. Isso é mito dos mais absurdos. O que faz um bom leite materno é o bebê sugar o peito de maneira correta e uma alimentação saudável.

Seios com bicos feridos, rachados ou empedrados não são motivos de parar a amamentação. São quadros que devem ser cuidados e sanados para uma melhor amamentação.

Relaxe, mamãe – A ansiedade, o estresse, cansaço e dor podem reduzir a produção de leite já que esses fatores jogam no corpo da mulher hormônios que inibem a descida do leite materno. Se dê o direito de repousar, de não querer receber visitas e de pedir mais empenho do papai em ajudar com os afazeres domésticos. Amamentar em lugar tranquilo e sem barulho ajudam ainda mais esse momento tão especial de mamãe e bebê.

Com ajuda e orientação de profissionais especializados, entre os quais pediatras e fonoaudiólogos, e com muita vontade e carinho a amamentação torna-se muito prazerosa para mamãe e bebê. Um verdadeiro ato de amor.

Enfermeira ajudando uma mãe a amamentar seu bebê - foto: ChameleonsEye/ShutterStock.comChameleonsEye / Shutterstock.com

Dicas

Se a mamãe achar que seu filho não está amamentando bem, procure o auxilio do pediatra que poderá dizer se o bebê está bem ou não.

O leite da mamãe é o melhor alimento para o bebê. Não deixe que outra mulher amamente seu filho, além de não ser o melhor para ele, muitas doenças como hepatite e AIDS são passadas para o bebê pelo leite materno.

Amamentar não é tão fácil quanto parece, não tenha vergonha ou sinta-se frustrada se precisar pedir ajuda.

Se o pediatra lhe indicar um leite em pó ou uma fórmula infantil, questione e pergunte o que mais você pode fazer antes de oferecer esse leite em pó ou fórmula.

3 comentários sobre “Lendas e fatos na amamentação

Deixe um comentário