Como o diabetes compromete a fertilidade

27/6 – Dia Internacional do Diabético.

O sistema reprodutivo de homens e mulheres tem uma engenharia maravilhosa. Mas, para funcionar bem, depende de um equilíbrio entre a mensagem hormonal e a performance dos órgãos reprodutores. Doenças crônicas, como o diabetes, podem impactar o bom funcionamento e resultar em dificuldade para gerar um bebê.

O diabetes tipo 2 geralmente está associado a obesidade e resistência à insulina. Essas duas condições podem causar deficiência hormonal na mulher, assim como ciclo menstrual irregular e infertilidade. Já o diabetes tipo 1, que normalmente acomete pacientes jovens, ocorre quando as células no pâncreas que produzem insulina são destruídas por anticorpos. Esse processo também pode se estender a outros órgãos endócrinos, incluindo os ovários, e impossibilitar a gravidez.

De acordo com a doutora Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana e diretora da clínica Chedid Grieco Medicina Reprodutiva, as mulheres que não mantêm o diabetes bem controlado nas primeiras semana de gravidez têm entre duas e quatro vezes mais chances de gerar uma criança com defeitos, estão mais sujeitas a hemorragias e partos prematuros.

Mas, não é só a mulher que enfrenta problemas em relação à sua fertilidade. Os homens também são afetados pela doença. “Testes de DNA com espermatozóides de pacientes diabéticos demonstram maior quantidade de material defeituoso, que pode provocar a infertilidade masculina, problemas de gestação e abortos espontâneos, principalmente quando o paciente não sabe que está diabético”, diz a doutora Silvana.

Segundo a médica, o aumento da doença no Brasil tem preocupado os especialistas. “O diabético costuma apresentar uma significante redução no volume de sêmen. Em cada seis casais em que um dos cônjuges é portador de diabetes tipo 2, pelo menos um precisa recorrer a um especialista para engravidar. Sem mencionar outros fatores que podem contribuir negativamente, como o consumo de álcool e fumo”.

Fonte: Dra. Silvana Chedid, médica ginecologista, especialista em Reprodução Humana, diretora da clínica Chedid Grieco Medicina Reprodutiva, chefe do departamento de RH da Beneficência Portuguesa.

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