Bola: a melhor amiga da criança

Qual bebê não fica fascinado ao ver uma bola? Por que esse objeto causa frenesi nessas criaturas tão fofas? É curioso notar a lista enorme de benefícios provocados pela esfera na infância, seja no desenvolvimento moral, físico ou psicológico da criança.

Pra começar, a bola, muito antes de rolar, já conquistou a simpatia dos pais por ser um instrumento barato, divertido, encontrado em qualquer loja da esquina, além de ser acessível a todas as classes sociais. Se formos analisar a importância da bola na questão do estímulo à atividade física, o simples fato do bebê engatinhar, correr ou até mesmo espernear atrás da bola contribui para que o corpo adquira mais cedo o seu equilíbrio, coordenação motora e força muscular. Os pais precisam entender que esse tipo de brincadeira é sinônimo de bem estar físico e emocional, não podendo de forma alguma ficar de fora da rotina dos filhos.

O desenvolvimento motor através da prática regular de atividades com bolas, independente de qual brincadeira feita, tem ação direta na prevenção de problemas cada dia mais comum na vida das crianças, como a obesidade infantil. As crianças que durante os primeiros anos de vida praticam exercícios, como jogar bola, tenderão a manter um padrão de atividade física mais alto no decorrer da infância, adolescência e vida adulta, evitando o sedentarismo precoce e o aumento de peso exagerado, que não é benéfico para a saúde. Por tudo isso, a bola deve estar presente no cotidiano da criança, como um fiel parceiro.

A terapeuta ocupacional Vilma Colmenero é totalmente a favor da utilização de bolas na formação saudável da criança, e se diz contra a substituição dessas atividades por outras que não trazem metade dos benefícios proporcionados. “A bola tem um poder fantástico no inconsciente infantil. Ela não pode ser trocada por computadores ou pela televisão”, analisa Colmenero. “A bola chama a atenção das crianças entre outras coisas por percorrer facilmente o trajeto, por ser colorida. Outro ponto a destacar é a sensação provocada pela reação ao impacto causado ao empregar velocidade à bola, reforçando a auto-confiança, tão importante nessa fase”, relata a terapeuta.

O poder do simples objeto redondo não pára por aí. A bola é também utilizada para fins terapêuticos. O alongamento e relaxamento na bola terapêutica é uma terapia que promove o condicionamento físico de uma forma mais prazerosa, suavizando a dor. Para isso são utilizados vários tipos de bolas terapêuticas (grandes e pequenas), que permitem um bom posicionamento corporal durante os exercícios de alongamento. Na infância, o tratamento com bola é direcionado a problemas respiratórios, déficit de equilíbrio e coordenação motora, ganho ou perda de massa muscular, instabilidade das articulações e escoliose.

Em um país como o Brasil, reconhecido por sua inquestionável habilidade com a bola, seja com os pés (futebol) ou com as mãos (voleibol), o domínio da redonda inicia-se logo na infância. Basta ver que esportistas famosos e saudáveis, como Pelé e Ronaldinho Gaúcho, que, desde criancinha, viam a bola como um amigo do peito. A bola pode não trazer a fama desses dois craques mundiais, mas pode fazer de seu filho um campeão em saúde.


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